Nunca foi tão importante falar sobre ansiedade e depressão na infância e na adolescência como agora. Vamos compreender o que é cada uma e como cuidar da saúde mental e emocional deles?
As duas são estados emocionais que nos tiram do momento presente. A primeira está relacionada com o medo, o perigo e o incerto. No contato com o novo, com situações inesperadas e desconhecidas, frequentemente, sentimos seus efeitos. Os novos desafios, a vida agitada, a pressão também contribuem.
Além disso, com a internet acessível em praticamente todo o lugar, a nova geração está sempre antenada, “fazendo algo” e vem aquela sensação de não conseguir dar conta de tudo. Já a depressão tem muita relação com as frustrações do passado. Em ambos os casos, é fundamental fincar os pés no presente.
A gratidão é um bom caminho para viver melhor o dia de hoje. Pessoas gratas tendem a ser mais felizes. Elas valorizam o que possuem e não ficam ansiosas em torno do que não têm.
Segundo Amanda Amorim, psicóloga da Clínica Espaço Construir, a positividade e o autoconhecimento precisam ser exercitados também desde cedo. É importante olhar para si e identificar a origem dessas emoções para amenizá-las ou substituí-las.

“Quanto mais você se conhece, maior a probabilidade de se respeitar e se amar. Quando a criança e o jovem encontra na família um bom exemplo de autoconhecimento, autoconfiança e amor à vida, eles encontram espaço para dialogar e crescem desenvolvendo essas habilidades também. Precisamos abordar muito a importância do amor próprio com eles”, explica a especialista.
Foco na prevenção
A primeira medida preventiva é a educação. É preciso perder o medo de falar sobre o assunto. O caminho é quebrar tabus e compartilhar informações. Esclarecer, conscientizar, estimular o diálogo em casa nas escolas.

A campanha Setembro Amarelo tem mobilizado a mídia sobre a depressão e a prevenção ao suicídio e provocado reflexões sobre alguns de seus sinais, como agitação, sensações de angústia (aperto no peito ou na garganta), sudorese, taquicardia, irritabilidade, tensão, sensação de não conseguir ficar parado, isolamento social, entre outros.
-Incentive passeios ao ar livre
-Promova encontro com amigos
-Estimule a fé
-Converse frequentemente sobre os sentimentos da criança/adolescente.
-Participe dessa fase com disposição

Autonhecimento faz diferença
O grande trunfo para minimizar e afastar a ansiedade é conquistar autonomia emocional. As crianças e os adolescentes precisam aprender que suas emoções, atitudes e decisões não podem ser influenciadas pelos amigos ou outras situações. Os problemas, os conflitos e as dificuldades acompanham as pessoas em todas as fases da vida e é possível lidar com eles.
Se forem capazes de reconhecer os gatilhos que lhes deixam ansiosos, terão mais facilidade em manter afastada essa emoção. Um bom exercício é observar e identificar: o que estou pensando e sentindo? Por que estou pensando e me sentindo assim?
“Quanto mais eles aprendem a se perceber, adquirem maior capacidade para se compreender e compreender mundo ao seu redor. Então, conseguirão agradecer mais e focar nos pensamento positivos, que trazem sensações de bem-estar”, ressalta Amanda.
Cooperar é importante
Estabeleça a cooperação em tarefas domésticas, ajude na organização e administração do tempo, estimule a boa convivência familiar.
Meditar faz bem
Respirar com qualidade significa viver mais e melhor. Diminuímos as batidas do coração e essa pausa reduz os pensamentos e traz calma.
Foco no momento presente
Tudo o que temos é o dia de hoje, o amanhã, quando chegar, será hoje novamente.
Valorize as emoções positivas
Fale com seu filho sobre otimismo, coragem, fé, espiritualidade e confiança.